Um
dia, quando o sacerdote perguntou, como sempre fazia, quem
estava disposto a levar a Eucaristia aos outros irmãos e
irmãs que a estavam esperando, levantou-se o jovem Tarcísio
e disse: "Envia-me". Aquele menino parecia
demasiado jovem para um serviço assim tão exigente! "A
minha juventude - disse Tarcísio - será o melhor refúgio
para a Eucaristia". O sacerdote, convencido, lhe
confiou aquele Pão precioso dizendo-lhe: "Tarcísio,
lembra-te que um tesouro celeste é confiado aos teus débeis
cuidados. Evite ruas movimentadas e não se esqueça de que as
coisas santas não devem ser jogadas aos cães, nem as pérolas
aos porcos. Protegerá com fidelidade e segurança os Sagrados
Mistérios?". "Morrerei - disse Tarcísio decidido – antes de
cedê-los".
Ao
longo do caminho, encontrou alguns amigos pela rua, que se
aproximaram e pediram que se unisse a eles. À sua resposta
negativa, esses – que eram pagãos – suspeitaram e se
tornaram importunos, e perceberam que ele portava alguma
coisa no peito e que parecia defender. Tentaram
arrancá-la, mas foi em vão; a luta tornou-se mais e mais
furiosa, especialmente quando souberam que Tarcísio era
cristão; o chutaram, atiraram pedras, mas ele não cedeu.
Moribundo, foi levado ao padre por um oficial pretoriano
chamado Quadrato, que também havia se tornado, secretamente,
cristão. Chegou sem vida, mas ainda segurava firme
junto ao peito um pequeno linho com a Eucaristia.
Foi
imediatamente sepultado nas Catacumbas de São Calisto. O
Papa Damaso fez uma inscrição para a tumba de São Tarcísio,
segundo a qual o jovem morreu em 257. O Martirológio Romano
fixa a data de 15 de agosto e, no próprio Martirológio,
reporta-se também uma bela tradição oral, segundo a qual,
sobre o corpo de São Tarcísio, não foi encontrado o
Santíssimo Sacramento, nem nas mãos, nem entre as suas
vestes. Ali é explicado que a partícula consagrada,
defendida com a vida pelo pequeno mártir, havia se tornado
carne de sua carne, formando assim, com o seu próprio corpo,
uma única hóstia imaculada oferecida a Deus.
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