quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O 2012 de Bento XVI, pastor manso, firme e corajoso



Um ano vivido intensa e corajosamente. Em 2012, Bento XVI realizou duas viagens internacionais: a primeira, ao México e Cuba, e a segunda, ao Líbano. Fez quatro visitas à Itália, entre as quais às vítimas do terremoto da região da Emilia Romagna.
Participou do Encontro Mundial da Família, realizado em Milão, abriu o Ano da Fé e presidiu o Sínodo dos Bispos dedicado à nova evangelização. Ademais, o Papa aderiu ao Twitter e publicou o terceiro e último volume sobre a figura de Jesus de Nazaré.

Fé, família e paz foram alguns dos temas comumente mais presentes em seu Magistério neste ano que viu também um forte compromisso seu em favor da transparência no Vaticano.
Pastor manso, firme e corajoso. Em 2012, um ano particularmente intenso também em nível pessoal, Bento XVI enfrentou com decisão os desafios apresentados para a vida da Igreja, ad intra e ad extra.
A começar por suas viagens internacionais, que dão novamente esperança às populações encontradas. Em março, o Pontífice voltou ao subcontinente latino-americano, visitando o México e Cuba.
Em terra mexicana – com tons que recordam o apelo de João Paulo II contra a máfia, em Agrigento, sul da Itália – denunciou a violência, a corrupção e o narcotráfico. Em terra cubana, ao invés, pediu coragem às autoridades de Havana e da comunidade internacional: "Cuba e o mundo precisam de mudanças, mas elas existirão somente se cada um se interrogar sobre a verdade e "se decidir a tomar o caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade.
"E justamente no signo da reconciliação deu-se a histórica viagem apostólica ao Líbano, em setembro. Numa região dilacerada pela violência, com a Síria martirizada com a guerra civil, o Santo Padre fez-se peregrino de paz. Foi marcante o encontro de Bento XVI com os jovens sírios, cristãos e muçulmanos, aos quais dedicou palavras de coragem e esperança: "É preciso que todo o Oriente Médio, olhando para vocês, compreenda que os muçulmanos e os cristãos, o Islã e o Cristianismo, podem viver juntos sem ódio, no respeito pelo credo de cada um, para construir juntos uma sociedade livre e humana.
"A visita ao Líbano abraçou idealmente toda a região. De fato, o motivo da visita foi a entrega da Exortação apostólica pós-sinodal "Ecclesia in Medio Oriente", fruto do Sínodo dos Bispos médio-orientais realizado no Vaticano em outubro de 2010.
Este ano, ao invés, foi a vez da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, cuja edição foi dedicada à nova evangelização. Trata-se de um tema particularmente importante para Bento XVI que, para enfrentar esse desafio pastoral imperioso para a Igreja, criou um dicastério ad hoc.
O Ano da Fé – convocado por Bento XVI no quinquagésimo aniversário de abertura do Concílio Vaticano II e no vigésimo aniversário de promulgação do Catecismo da Igreja Católica – está ligado ao tema da nova evangelização.
E na visita ao Santuário de Loreto, nas pegadas de João XXIII, o Papa confiou este Ano da Fé a Maria. "Se hoje a Igreja propõe um Ano da Fé e a nova evangelização, não é para honrar uma data, mas porque é necessário fazê-lo, mais ainda do que 50 anos atrás!", afirmou o Pontífice.
O 2012 de Bento XVI foi também fortemente marcado pelo empenho em favor da valorização da família, sempre mais ameaçada como recordou, inclusive, no discurso natalino dirigido à Cúria Romana.
Em maio, em Milão, celebrou-se o VII Encontro Mundial das Famílias. A eles, pais e filhos, o Papa confiou uma tarefa extraordinária: vocês, afirmou, são "a única força que verdadeiramente pode transformar o mundo".
Neste ano, o Papa publicou também um Motu proprio sobre o serviço da caridade e outro que instituiu a Pontifícia Academia de Latinidade. Elevou à honra dos altares sete novos Santos e proclamou "Doutores da Igreja" São João d'Ávila e Santa Ildegarda de Bingen.
Ademais, criou 28 cardeais, em dois consistórios: um em fevereiro, e o outro em novembro. Entre as nomeações importantes destaca-se a de Dom Gerhard Ludwig Müller a prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.(...)
Ao longo do ano, o sétimo de seu Pontificado, Bento XVI não poupou energias para anunciar o Evangelho ao maior número possível de pessoas. E o fez nas celebrações, nas audiências e nos encontros, visitando paróquias, cárceres e institutos caritativos.
Por fim, teve bom êxito também a publicação do livro "A infância de Jesus", com o qual o Papa concluiu a sua trilogia sobre Jesus de Nazaré. Um presente para todos aqueles, fiéis e não somente, que se encontram em busca da verdade.

Fonte: (adaptado) Rádio Vaticana

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