Um ano vivido intensa e corajosamente. Em
2012, Bento XVI realizou duas viagens internacionais: a primeira, ao
México e Cuba, e a segunda, ao Líbano. Fez quatro visitas à Itália,
entre as quais às vítimas do terremoto da região da Emilia Romagna.
Participou do Encontro Mundial da Família,
realizado em Milão, abriu o Ano da Fé e presidiu o Sínodo dos Bispos
dedicado à nova evangelização. Ademais, o Papa aderiu ao Twitter e
publicou o terceiro e último volume sobre a figura de Jesus de Nazaré.
Fé, família e paz foram alguns dos temas
comumente mais presentes em seu Magistério neste ano que viu também um
forte compromisso seu em favor da transparência no Vaticano.
Pastor manso, firme e corajoso. Em 2012, um
ano particularmente intenso também em nível pessoal, Bento XVI
enfrentou com decisão os desafios apresentados para a vida da Igreja, ad
intra e ad extra.
A começar por suas viagens internacionais,
que dão novamente esperança às populações encontradas. Em março, o
Pontífice voltou ao subcontinente latino-americano, visitando o México e
Cuba.
Em terra mexicana – com tons que recordam o
apelo de João Paulo II contra a máfia, em Agrigento, sul da Itália –
denunciou a violência, a corrupção e o narcotráfico. Em terra cubana, ao
invés, pediu coragem às autoridades de Havana e da comunidade
internacional: "Cuba e o mundo precisam de mudanças, mas elas existirão
somente se cada um se interrogar sobre a verdade e "se decidir a tomar o
caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade.
"E justamente no signo da reconciliação
deu-se a histórica viagem apostólica ao Líbano, em setembro. Numa região
dilacerada pela violência, com a Síria martirizada com a guerra civil, o
Santo Padre fez-se peregrino de paz. Foi marcante o encontro de Bento
XVI com os jovens sírios, cristãos e muçulmanos, aos quais dedicou
palavras de coragem e esperança: "É preciso que todo o Oriente Médio,
olhando para vocês, compreenda que os muçulmanos e os cristãos, o Islã e
o Cristianismo, podem viver juntos sem ódio, no respeito pelo credo de
cada um, para construir juntos uma sociedade livre e humana.
"A visita ao Líbano abraçou idealmente toda
a região. De fato, o motivo da visita foi a entrega da Exortação
apostólica pós-sinodal "Ecclesia in Medio Oriente", fruto do Sínodo dos
Bispos médio-orientais realizado no Vaticano em outubro de 2010.
Este ano, ao invés, foi a vez da XIII
Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, cuja edição foi
dedicada à nova evangelização. Trata-se de um tema particularmente
importante para Bento XVI que, para enfrentar esse desafio pastoral
imperioso para a Igreja, criou um dicastério ad hoc.
O Ano da Fé – convocado por Bento XVI no
quinquagésimo aniversário de abertura do Concílio Vaticano II e no
vigésimo aniversário de promulgação do Catecismo da Igreja Católica –
está ligado ao tema da nova evangelização.
E na visita ao Santuário de Loreto, nas
pegadas de João XXIII, o Papa confiou este Ano da Fé a Maria. "Se hoje a
Igreja propõe um Ano da Fé e a nova evangelização, não é para honrar
uma data, mas porque é necessário fazê-lo, mais ainda do que 50 anos
atrás!", afirmou o Pontífice.
O 2012 de Bento XVI foi também fortemente
marcado pelo empenho em favor da valorização da família, sempre mais
ameaçada como recordou, inclusive, no discurso natalino dirigido à Cúria
Romana.
Em maio, em Milão, celebrou-se o VII
Encontro Mundial das Famílias. A eles, pais e filhos, o Papa confiou uma
tarefa extraordinária: vocês, afirmou, são "a única força que
verdadeiramente pode transformar o mundo".
Neste ano, o Papa publicou também um Motu
proprio sobre o serviço da caridade e outro que instituiu a Pontifícia
Academia de Latinidade. Elevou à honra dos altares sete novos Santos e
proclamou "Doutores da Igreja" São João d'Ávila e Santa Ildegarda de
Bingen.
Ademais, criou 28 cardeais, em dois
consistórios: um em fevereiro, e o outro em novembro. Entre as nomeações
importantes destaca-se a de Dom Gerhard Ludwig Müller a prefeito da
Congregação para a Doutrina da Fé.(...)
Ao longo do ano, o sétimo de seu
Pontificado, Bento XVI não poupou energias para anunciar o Evangelho ao
maior número possível de pessoas. E o fez nas celebrações, nas
audiências e nos encontros, visitando paróquias, cárceres e institutos
caritativos.
Por fim, teve bom êxito também a publicação
do livro "A infância de Jesus", com o qual o Papa concluiu a sua
trilogia sobre Jesus de Nazaré. Um presente para todos aqueles, fiéis e
não somente, que se encontram em busca da verdade.
Fonte: (adaptado) Rádio Vaticana
Nenhum comentário:
Postar um comentário